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Cardiologia

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Bradicardia: entenda o que é e formas de tratamento

A bradicardia pode ser uma condição fisiológica, geralmente vista em atletas treinados, ou patológica, associada a um bloqueio atrioventricular, por exemplo.
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Dr. Andre Weksler - Cardiologista - MédicoAtualizado em 06/08/2024
bradicardia

A bradicardia é uma condição cardiológica que pode ter origem patológica ou fisiológica. Em determinados casos, o tratamento envolve o implante de marca-passo.

Bradicardia: o que é?

Bradicardia é um termo que se refere a uma frequência cardíaca inferior a 60 batimentos por minuto (bpm).

Vale destacar que, para obter valores fiéis ao cotidiano, a frequência cardíaca deve ser aferida durante 1 minuto com o paciente em repouso e sentado. Também para evitar interferências nos resultados, a aferição não deve ser feita após atividade física ou episódios de estresse.

Bradicardia e taquicardia: quais as diferenças?

A frequência cardíaca humana normal pode variar de 60 a 100 batimentos por minuto. Embora esse seja o intervalo esperado, pessoas com frequências cardíacas fora dessa faixa não necessariamente apresentam uma doença.

Quando o coração está mais lento, apresentando uma frequência menor do que 60 bpm, a condição é chamada de bradicardia. Por outro lado, quando o coração está mais rápido, acima de 100 bpm, fala-se em taquicardia.

Possíveis causas

A maioria das bradicardias são fisiológicas. Muitas vezes, a frequência cardíaca mais baixa está associada à intensa prática de atividades físicas, sendo vista em pessoas bem treinadas, como maratonistas e mergulhadores.

Também é possível que a bradicardia seja resultado de medicamentos para o coração ou para quadros neurológicos. Nessas situações, uma menor frequência cardíaca é uma resposta esperada.

No caso das bradicardias patológicas, a causa mais frequente é o bloqueio atrioventricular – uma doença da parte elétrica do coração. Nesse contexto, frequências cardíacas menores do que 50 bpm são consideradas um sinal de alarme.

Sintomas de bradicardia

A bradicardia de origem patológica geralmente causa cansaço e tonteira. Em casos mais extremos, pode haver síncopes (desmaios).

Além disso, é possível que, durante a realização de atividade física, a frequência cardíaca do indivíduo não aumente como seria esperado em contextos normais.

Possíveis riscos

Um dos principais riscos da bradicardia patológica são os desmaios. Essas perdas transitórias de consciência podem fazer com que o indivíduo tenha quedas e sofra traumatismo cranioencefálico.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico de bradicardia pode ser feito por meio do exame físico, no qual o médico mede a frequência cardíaca ao longo de 1 minuto.

Para avaliar a causa dessa condição, recorre-se ao eletrocardiograma ou ao Holter 24h. Assim, é possível concluir se a bradicardia é patológica ou fisiológica ou se tem relação com algum medicamento.

Tratamentos para bradicardia

Quando a bradicardia é fisiológica, ela tende a ser apenas acompanhada pelo médico.

Já nos casos em que a bradicardia está associada a bloqueio atrioventricular, pode-se suspender determinados medicamentos. Se mesmo assim a frequência cardíaca não aumentar e ainda houver sintomas, pode haver indicação de marca-passo.

O implante de marca-passo costuma ser recomendado para pessoas com mais de 65 anos. A cirurgia demora cerca de 2 horas e, geralmente, o paciente recebe alta hospitalar no dia seguinte ao procedimento.

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Escrito por
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Dr. Andre Weksler

Cardiologista | Médico
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