Muito se fala sobre qual é a dieta ideal para se atingirem objetivos a curto e médio prazo, principalmente quando a vontade é de perder gordura. É certo que preferir uma quantidade maior de proteínas e reduzir as porções de carboidrato ajudam no déficit calórico, mas apostar em uma dieta muito restritiva, que praticamente só coloque alimentos com alto teor proteico no prato, pode ser prejudicial à saúde, principalmente dos rins e do fígado.
Apesar de serem os maiores influenciadores no ganho de peso, os carboidratos, quando consumidos em quantidades moderadas, são os responsáveis por fornecer energia para o corpo. Segundo o dr. João Merheb, nutrólogo do Hospital São Lucas Copacabana, quando eles são cortados da dieta, o organismo perde essa fonte e o fígado precisa aumentar seu ritmo de trabalho para gerar a energia, que está “em falta” por causa do pouco carboidrato ingerido.
“Outro efeito que acontece é que, com o excesso de proteína, aumenta-se também a ureia, e os rins começam a filtrá-la em um ritmo muito maior do que normalmente o fazem. A longo prazo, essa atividade pode influenciar a inflamação nos rins e quadros de hipertensão e diabetes”, explica o dr. João.
Para uma pessoa saber se ela está exagerando na quantidade de proteína ou não, devem-se calcular de 1,2 a 2 gramas por quilo. Ou seja, uma pessoa que pesa 60 kg deve consumir entre 72 e 120 g – no máximo – de proteína por dia. Uma dieta segura e saudável deve contemplar todos os grupos alimentares, incluindo tanto proteínas quanto carboidratos de forma moderada. Cereais, frutas, verduras e legumes também são muito bem-vindos como fontes de vitaminas e nutrientes.
Saiba mais sobre as doenças do fígado
O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo, responsável pela secreção da bile, pela síntese da proteína e por transformar a amônia em ureia, e seu comprometimento pode gerar doenças sérias que podem danificar de forma grave a saúde. Saiba quais são as principais doenças do fígado aqui.
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