Transmitida por um vírus, a doença ataca diretamente o fígado do paciente e só mostra sintomas quando entra em fase avançada, muitas vezes quando o órgão já está severamente afetado. Segundo dados do Ministério da Saúde, quase 2 milhões de brasileiros convivem com a patologia e boa parte deles nem mesmo sabe que está infectada, o que dificulta o tratamento e aumenta os riscos.
Além de ser uma grande ameaça à saúde, a hepatite C também influencia no desenvolvimento de outras doenças relacionadas com o fígado. Segundo o dr. Eduardo Fernandes, hepatologista do Hospital São Lucas Copacabana, ela é responsável por, em média, 40% dos casos de cirrose, contribuindo também para a evolução da insuficiência hepática e, em casos mais severos, do câncer de fígado.
“A transmissão da hepatite C se dá por meio do contato com o sangue de uma pessoa contaminada, sobretudo em casos de transfusão de sangue ou pelo compartilhamento de material perfurocortante não esterilizado. A doença também pode passar de mãe para filho no momento do parto, mas essa causa é rara”, afirma o dr. Eduardo. Entre os sintomas mais comuns da hepatite C estão inchaço abdominal, sangramento na área do estômago e esôfago, icterícia (pele amarelada), urina escurecida, náusea e vômito.
Como os sintomas não costumam aparecer logo após o contágio, o ideal é fazer exames de sangue frequentes para detectar a doença ainda em estágio precoce. Uma vez identificada, a hepatite C deve ser acompanhada por um médico especialista que, dependendo do estado do paciente, o orientará para a melhor forma de tratamento.
“Quem tem hepatite C deve prestar muita atenção ao estilo de vida e preservar ao máximo a saúde do fígado, optando por escolhas mais saudáveis e evitando o consumo de bebida alcoólica e medicamentos que possam afetar o órgão. Dessa forma, é possível retardar os avanços da doença, para que não seja preciso escolher tratamentos mais invasivos ou até mesmo o transplante de fígado”, explica o especialista.
A prevenção da hepatite C é feita ao se evitar contato com sangue ou objetos como seringas, agulhas, material de manicure e máquinas de tatuagem não esterilizados. Também é preciso usar preservativos durante a relação sexual.
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