A saúde mundial enfrenta diversos problemas atualmente, tendo o câncer como um dos principais. O número de pacientes oncológicos é alarmante: a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, a cada ano, 14 milhões de novos casos de neoplasia maligna sejam registrados em todo o mundo, ocupando o segundo lugar entre as doenças que mais matam.
Segundo o dr. Frederico Müller, oncologista do Hospital São Lucas Copacabana, um dos principais desafios que a doença enfrenta no Brasil envolve a falta de políticas de prevenção. Diversos tipos de câncer, como de pulmão e de fígado, têm mais chances de se desenvolverem quando a pessoa adota um estilo de vida pouco saudável, com alta ingestão de carboidratos e açúcares, bebida alcoólica em excesso, presença do tabagismo e também do sedentarismo.
“O fato de muitas pessoas não consultarem um médico periodicamente também dificulta o diagnóstico precoce, permitindo que o câncer se desenvolva e chegue a graus avançados. Isso dificulta o tratamento e diminui a qualidade e a expectativa de vida do paciente”, explica o médico.
O envelhecimento da população é outro desafio. Segundo o IBGE, estima-se que, até a metade deste século, vão existir, no Brasil, quase 67 milhões de idosos, e como o câncer está associado ao envelhecimento celular, essa realidade contribuirá para o surgimento de ainda mais casos.
“No Brasil, ainda há a incidência de tipos de câncer que já foram erradicados em outros países, como o de colo do útero. Isso acontece, principalmente, por causa da falta de campanhas efetivas de prevenção e detecção precoce da doença, além das condições socioeconômicas e educacionais do país. Essa situação tende a melhorar com o maior acesso das mulheres aos métodos de prevenção da doença, como a vacinação anti-HPV”, afirmou o dr. Müller.
Com as medidas certas, é possível evitar cerca de um terço dos casos de câncer registrados no país. Para que essa seja uma realidade cada vez mais presente na saúde dos brasileiros, é importante que as pessoas consultem regularmente seus médicos de confiança, façam exames de rastreio e prevenção sempre que solicitado e adotem hábitos mais saudáveis, com uma alimentação melhor, uma rotina mais ativa e o abandono do cigarro.
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