Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo sofrem com os sintomas de enxaqueca, sendo cerca de 30 milhões no Brasil. Esse distúrbio neurológico debilitante compromete a qualidade de vida, mas, com o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e reduzir o impacto nas atividades diárias.

O que é enxaqueca e quais as causas?

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça intensa, geralmente pulsante, que afeta predominantemente um lado da cabeça, embora possa alternar entre ambos os lados. Além da dor, a enxaqueca pode vir acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz, cheiros e sons.

As causas estão relacionadas a fatores genéticos e ambientais, incluindo predisposição familiar, alterações hormonais e estresse. Além disso, alguns alimentos também podem desencadear crises.

Para se ter uma ideia, uma crise de enxaqueca pode durar um período bastante longo, chegando a se estender por até 72 horas.

Sintomas de enxaqueca: quais são?

A enxaqueca geralmente se manifesta como uma dor pulsante e intensa em um lado da cabeça. Outros sintomas que costumam acompanhar essa dor incluem:

• Náuseas;
• Vômitos;
• Sensibilidade à luz;
• Intolerância a cheiros;
• Visão turva, pontos cegos e flashes de luz.

Tipos de enxaqueca

Existem diferentes tipos de enxaqueca, entre os mais comuns estão:

• Enxaqueca com aura: caracterizada pela presença de sintomas visuais e sensoriais, conhecidos como "aura", antes do início da dor de cabeça. Esses sintomas podem incluir visão turva, pontos cegos, flashes de luz, formigamento nas mãos ou rosto, dificuldade para falar e outras alterações sensoriais.

• **Enxaqueca crônica: **definida por dores de cabeça com características de enxaqueca que ocorrem em 15 ou mais dias por mês, por pelo menos três meses consecutivos.

• Enxaqueca menstrual: são aquelas relacionadas ao ciclo menstrual, ocorrendo regularmente antes, durante ou após a menstruação.

• Enxaqueca oftálmica: também chamada de enxaqueca ocular, envolve distúrbios visuais significativos, como perda temporária de visão ou cegueira em um olho, com sintomas que geralmente duram menos de uma hora.

Diferenças entre os sintomas de enxaqueca e uma dor de cabeça comum

A enxaqueca e a dor de cabeça comum diferem principalmente na intensidade e nos sintomas associados.

A enxaqueca é caracterizada por uma dor de cabeça intensa e pulsante, geralmente em um lado da cabeça, e pode ser acompanhada por sintomas como náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao som, e distúrbios visuais. Por outro lado, uma dor de cabeça comum tende a ser mais leve, com uma dor mais difusa e sem os sintomas adicionais debilitantes.

O que fazer ao sentir os sintomas de enxaqueca?

Caso a enxaqueca apareça de maneira inesperada e com muita intensidade, ou se houver um aumento na frequência ou gravidade das dores de cabeça, busque ajuda em um pronto-atendimento e, assim que possível, busque a orientação de um especialista em neurologia, já que a condição exige acompanhamento contínuo.

Se a enxaqueca estiver interferindo de forma significativa na qualidade de vida, prejudicando as atividades diárias e os relacionamentos, o neurologista é o médico mais indicado para um tratamento adequado.

Além disso, sintomas incomuns como fraqueza em um lado do corpo, dificuldades para falar ou perda de consciência devem ser tratados como emergências médicas, pois podem indicar outros problemas de saúde que necessitam de atenção imediata.

Qual médico devo procurar?

O neurologista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar enxaqueca por ser especialista em distúrbios do sistema nervoso, incluindo dores de cabeça crônicas como a enxaqueca, permitindo uma avaliação precisa e tratamento adequado.

Formas de tratamento para a enxaqueca

O tratamento da enxaqueca depende da intensidade dos sintomas e da frequência das crises. O objetivo principal é aliviar a dor, reduzir a quantidade de episódios de enxaqueca e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Existem basicamente duas estratégias: o tratamento agudo, que busca um alívio rápido da dor, e o tratamento preventivo, cujo foco é diminuir a frequência e a gravidade das crises. A depender do indivíduo, podem ser receitados medicamentos como antidepressivos, antiepiléticos e anti-hipertensivos.

Além disso, muitas vezes é necessário adotar mudanças no estilo de vida, como a prática regular de exercícios físicos, cuidados com a alimentação, redução do consumo de álcool e atividades para manejo do estresse.

Em casos em que o emocional desempenha um papel importante no desencadeamento das crises, pode ser necessário o suporte psicológico. A acupuntura também tem se destacado como uma opção complementar no tratamento da enxaqueca.