Apesar de a ultrassonografia ser um exame de rotina, é comum que pacientes tenham dúvidas sobre o assunto, principalmente em quais casos ela deve ser feita e o que, de fato, é possível visualizar nas imagens. Nesse sentido, o procedimento é abrangente, já que auxilia várias especialidades, como a neurologia, que pode utilizá-lo para a observação de tecidos cerebrais, por exemplo. Confira a seguir os principais tipos de ultrassonografia e em que casos elas são solicitadas.
O que é e para que serve a ultrassonografia?
Também conhecida como ecografia e ultrassom, trata-se de um exame de imagem que permite visualizar e analisar, em tempo real, órgãos, estruturas ou tecidos do corpo. Como o próprio nome sugere, ela é feita por meio da emissão de ondas sonoras de alta frequência que não prejudicam o organismo, sendo um procedimento indolor, prático e seguro que não utiliza radiação. De simples execução, não há nenhuma restrição para a sua realização.
A única ressalva sobre o procedimento diz respeito à necessidade de outras avaliações prévias, que variam de acordo com o local a ser examinado. É o caso de recomendações como encher a bexiga ou tomar medicamentos para eliminar o excesso de gases, já que tais questões podem dificultar a visualização das imagens.
Quais os principais tipos de ultrassonografia?
Ultrassom com doppler Em determinados casos, o médico pode solicitar uma ultrassonografia com doppler para observar o fluxo sanguíneo nas artérias, nas veias, nos tecidos e nos órgãos, mesmo quando não há indícios ou risco de doenças.
“A ultrassonografia com doppler é solicitada quando há necessidade de avaliar os vasos sanguíneos, como as carótidas e as jugulares, ou quando se deseja estudar com mais detalhes tumores em órgãos como tireoide, mama, fígado e ovários", explica o Dr. Rômulo Varella, coordenador do Centro de Imagem do Hospital São Lucas Copacabana.
Ultrassom abdominal Na região abdominal, o exame investiga as causas de dor local ou se há retenção de líquidos. Em geral, ele visualiza diversos órgãos, como fígado, vesícula biliar, pâncreas e rins, mas também é utilizado em casos de traumatismo ou pancada na barriga.
Ultrassom morfológico obstétrico Realizado na gravidez, entre a 20ª e 24ª semana, ele serve para verificar o desenvolvimento do bebê, para ver se ele apresenta qualquer má-formação ou cardiopatias congênitas. Em geral, o exame dura de 20 a 40 minutos e é recomendado para todas as gestantes, podendo se repetir ao longo dos meses.
Ultrassom de mamas Esse procedimento tem papel fundamental na detecção precoce do câncer de mama, já que o profissional pode observar a presença de nódulos que podem ou não ser sentidos ao toque. O resultado ajuda no reconhecimento do gânglio como benigno ou se há suspeita de malignidade e complementa os resultados da mamografia.
Ultrassom transvaginal Utilizado para avaliar os órgãos pélvicos da mulher, o objetivo é estudar o sistema reprodutor, como útero, endométrio e ovários, sendo importante para detectar alterações, acompanhar a gravidez e monitorar a saúde reprodutiva da paciente. Algumas doenças que são identificadas por meio desse exame são endometriose, pólipos, miomas, gravidez nas trompas, cistos e tumores.
Inovação na ultrassonografia com contraste de microbolhas
A tecnologia usada no exame está em constante atualização, o que traz muitos benefícios para os pacientes, como no caso do ultrassom com contraste de microbolhas. Usado para avaliar nódulos de fígado, cavidades cardíacas, tumores e lesões em órgãos como tireoide e rim, ele proporciona um diagnóstico ainda mais preciso.
“O contraste de microbolhas acrescenta ao ultrassom comum novas informações que antes não seria possível obter, como a vascularização de tumores. A visualização dos vasos sanguíneos também é facilitada graças ao realce da substância. Exames de doppler vascular e ecocardiograma, em alguns casos, também podem ser beneficiados pelo contraste com microbolhas para a avaliação de comunicação anômala das cavidades cardíacas", explica Varella.
Como é realizado o exame?
O ultrassom é feito com o auxílio de um aparelho próprio. Na ocasião, o paciente se deita em uma maca e recebe uma fina camada de gel na região que será examinada, para que o aparelho possa deslizar pela pele com mais facilidade. As imagens, formadas em tempo real, podem ser vistas no aparelho. Por se tratar de um procedimento simples, o paciente pode retornar à sua rotina normal logo após o exame.
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