O vírus da dengue é causador de uma infecção que leva o mesmo nome e que é transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti. Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil pode bater recorde da doença em 2024. Seis estados (AC, GO, MG, ES, RJ e SC) estão declarando epidemia por causa da dengue. Continue a leitura para saber mais sobre o vírus e a doença.

Vírus da Dengue: como ocorre a transmissão?

A dengue é transmitida por meio da picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes aegypti. (comumente confundido com o pernilongo doméstico, embora sejam de espécies diferentes). Esse é o mesmo mosquito que transmite outras arboviroses (doenças causadas por arbovírus), como Zika e Chikungunya.

Em ambiente urbano, o mosquito também é o responsável pela transmissão da febre amarela.

É importante ressaltar que a dengue não é transmitida por meio de contato direto com o paciente. Também não pode ser contraída ao ingerir água ou alimento contaminado.

Quais são os sorotipos do vírus da dengue?

A dengue é provocada por um vírus que, por sua vez, é dividido em quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Qualquer um deles pode provocar a infecção simples. Contudo, ela pode evoluir para um quadro mais complexo chamado de dengue grave –popularmente conhecido como dengue hemorrágica, nomenclatura que não é mais utilizada por recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Quais sorotipos do vírus da dengue são mais detectados no Brasil?

Todos os sorotipos da dengue são detectados no Brasil atualmente. No entanto, nos últimos anos, os que mais circularam em território nacional foram os tipos 1 e 2.

A partir de 2023, no entanto, os tipos 3 e 4 voltaram a circular, o que explica –em parte –a alta no número de casos no Brasil desde então.

Quais riscos a infecção pelo vírus da dengue pode trazer

O principal risco da infecção pela dengue é o agravamento da doença, que pode levar à morte. Por isso, é importante buscar atendimento médico para que o especialista possa avaliar o paciente.

Como é feito o diagnóstico de dengue?

Como os sintomas da doença são pouco específicos e podem estar presentes em outras infecções, é difícil fazer o diagnóstico da dengue apenas pelo quadro clínico.

Para ter a confirmação, portanto, os sintomas devem ser associados ao cenário epidemiológico do momento e aos exames de sangue.

O exame mais comumente utilizado é o antígeno NS1. Ele deve ser solicitado na fase inicial da doença, idealmente até o 3º dia de sintomas, mas pode ser realizado até o 5º dia.

Outro exame possível para a fase inicial é o PCR para dengue. Ele é mais indicado até o 3º ou 4º dia de doença, podendo ser solicitado até o 7º dia.

Há também a sorologia para dengue. Os anticorpos IgM costumam positivar a partir do 7º dia de doença, e os anticorpos IgG positivam a partir do 10º dia.

Tratamentos para a dengue

O tratamento para a dengue é feito para aliviar os incômodos, usando medicamentos que aliviam a febre e as dores. Além disso, a hidratação e repouso são fundamentais para que o corpo se recupere plenamente.

Os sintomas podem continuar por até dez dias, mas a recuperação total leva entre duas e quatro semanas.

Mesmo quem já se recuperou, no entanto, deve manter as formas de prevenção, já que existem 4 sorotipos da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e, embora a pessoa fique imune ao tipo que a pegou, ainda existem outros três que podem infectá-la.