Segundo os dicionários, a palavra “trauma” pode ser definida como perturbações causadas por lesões físicas ou experiências emocionais desagradáveis que ficam marcadas na mente de um indivíduo. Apesar de a segunda definição ser a mais comum, um trauma, para os médicos, está relacionado com acidentes, violência ou autoagressão.
Dependendo do tipo de lesão, os traumas podem ser divididos em três categorias:
penetrantes – quando há rompimento e laceração da pele, como perfurações por armas de fogo e fraturas expostas;
contusos – quando não há perfuração da pele, como no caso de pancadas ou escorregões;
mistos – uma combinação dos dois tipos, bastante comuns em acidentes de trânsito, por exemplo.
O dr. Paulo Silveira, coordenador do Centro de Trauma do Hospital São Lucas Copacabana, esclarece que existem medidas necessárias para que o risco dessas lesões seja minimizado.
“A prevenção envolve fatores simples e complexos. Em primeiro lugar, o uso do cinto de segurança é uma das medidas que mais previnem acidentes em todo o mundo, bem como o uso de capacete e equipamento de proteção. Além disso, ser prudente ao volante, deixando o celular e as bebidas alcoólicas de lado, é crucial. Outra causa fortemente associada às estatísticas de trauma é a violência urbana. Então, medidas públicas e campanhas de conscientização pelo desarmamento também são formas eficazes de prevenção”, afirma o médico.
No Brasil, estima-se que haja 50 mil vítimas fatais de acidentes de trânsito por ano, configurando a principal causa de óbito de pessoas com menos de 40 anos e de internação de idosos. Os traumas são, também, a condição médica que mais consome recursos médico-hospitalares no cenário brasileiro. Já no cenário internacional, estatísticas apontam que essas lesões são as principais responsáveis pela morte de pessoas entre 1 e 46 anos, superando até mesmo o câncer e as doenças cardiovasculares.
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