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Caroço no pescoço: o que é, como diagnosticar e qual o tratamento indicado?

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Equipe São Lucas - Equipe São Lucas - Equipe São LucasAtualizado em 11/01/2024
Caroço no pescoço: o que é, como diagnosticar e qual o tratamento indicado?

Geralmente quando surge um caroço no pescoço, muitas pessoas tendem a esperar que ele suma em alguns dias e dificilmente consultam um médico de imediato. Mesmo que um nódulo nem sempre seja sinal da presença de câncer, isso não significa que não seja importante investigar o surgimento de ínguas no pescoço, independentemente de quanto tempo ela permaneça ali.

Caroço no pescoço: o que é?

O caroço no pescoço é uma protuberância que pode se apresentar na altura da nuca, da garganta e de ambos os lados do pescoço. Seu surgimento tem diversas causas, como inflamações e infecções causadas pela gripe, por exemplo.

Quais as causas do caroço no pescoço?

Encontrar um caroço no pescoço pode gerar apreensão e dúvidas sobre a possibilidade de ser um sinal de câncer. Ainda que este seja um dos sintomas de alguns tipos de carcinoma, felizmente, na grande maioria dos casos, não se trata de neoplasia, principalmente em pessoas jovens.

Confira, a seguir, algumas enfermidades que se relacionam com um caroço no pescoço.

Ínguas no pescoço

Além de deixar o local mais sensível, as ínguas no pescoço indicam o aumento dos linfonodos (estruturas que filtram substâncias nocivas) e podem ser causadas por alterações como gripe, amigdalite e otite. À medida que o problema original é identificado e tratado adequadamente, depois de algumas semanas, a íngua some. No entanto, caso o inchaço não desapareça ou surjam outros sintomas, é necessário investigá-lo com mais profundidade, pois pode ser uma manifestação de alguma doença mais importante, como linfoma, um tipo de câncer que afeta os gânglios linfáticos.

Cisto

Caroço no pescoço com conteúdo líquido dentro é chamado de cisto. Costuma ser arredondado, indolor e pode ser da mesma cor da pele, esbranquiçado, avermelhado ou amarelado. A principal causa se dá pelo bloqueio das glândulas sebáceas, que pode ocorrer por um corte, ferida ou acne – situação que recebe o nome de cisto sebáceo.

O Dr. Guilherme Duque, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital São Lucas Copacabana, complementa: “Na região lateral do pescoço, principalmente em jovens, podem surgir os cistos branquiais, que tendem a ser mais volumosos e, na maioria das vezes, são tratados com cirurgia. Outro cisto frequente na região do pescoço é o tireoglosso, que surge na parte central do pescoço, perto do gogó", explica o especialista.

Doença das glândulas salivares

As principais glândulas que produzem a saliva ficam na região do pescoço e anterior à orelha. Infecções virais e bacterianas ou a presença de cálculos (popularmente conhecidos como “pedras") podem levar ao aumento dessas glândulas, que formam caroços no pescoço. Outra causa responsável pelo surgimento de protuberâncias nessa região são os tumores, porém, a maioria deles é benigna, e a principal glândula acometida é a parótida.

Nódulo na tireoide

A tireoide é uma glândula localizada na porção anterior do pescoço, logo abaixo da laringe, e é responsável pelo metabolismo, por meio da produção de hormônios, alguns conhecidos como T3 e T4.

Quanto à prevalência de nódulos tireoidianos na população feminina, o Dr. Guilherme afirma: “É alta, com estudos que mostram até 40% de predomínio da doença entre as mulheres. Porém, a maioria desses nódulos é pequena e benigna e passa desapercebida e sem diagnóstico durante a vida normal da mulher, por isso não se recomenda rastreio com ultrassom para todas as mulheres."

Como diagnosticar a causa do caroço no pescoço?

De acordo com o médico, o primeiro passo é procurar um especialista que, por meio da história da evolução do caroço no pescoço, dos sintomas e do exame físico, vai chegar a um diagnóstico clínico. Além disso, exames de imagem como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética podem ajudar na investigação.

“Se ainda assim persistirem dúvidas quanto à causa da alteração, pode ser feita punção, biópsia ou remoção cirúrgica para a conclusão final", completa o médico.

Qual o tratamento indicado para o caroço no pescoço?

O tratamento do caroço no pescoço varia de acordo com o agente causador. Segundo o Dr. Guilherme, as causas infecciosas geralmente são abordadas com medicamentos específicos. No caso dos cistos ou tumores benignos, na maioria das vezes, o tratamento é cirúrgico, com o auxílio da robótica, procedimento menos invasivo e mais preciso. Já em se tratando de câncer, a abordagem vai depender do resultado da biópsia feita pelo cirurgião de cabeça e pescoço.

Como a cirurgia robótica pode contribuir para o tratamento de caroços no pescoço?

Nódulos na garganta A cirurgia robótica tem um papel muito importante na cirurgia de cabeça e pescoço, principalmente para tratar os tumores malignos e benignos da garganta (orofaringe).

Geralmente, os tumores na base da língua, na faringe, na laringe ou nas amígdalas são difíceis de ser removidos por dentro da boca por causa do espaço curto entre os dentes para uso de instrumental cirúrgico comum. Antes da chegada do robô, era necessário fazer grandes cirurgias com risco de fratura mandibular e cicatrizes extensas no pescoço para realizar a ressecção do câncer.

“Com a cirurgia robótica, no entanto, graças às pinças e ao uso de câmera acoplada ao braço do robô, é possível executar o procedimento por dentro da boca, com muito menos sequelas e recuperação mais rápida", explica o médico.

Nódulos na tireoide A técnica de tireoidectomia convencional é uma cirurgia segura que foi desenvolvida por Theodor Kocher em torno de 1883. Desde então, bons resultados cirúrgicos vêm sendo obtidos.

“Com as inovações tecnológicas, surgiram outras propostas de remoção da glândula tireoide sem a necessidade de incisão na região cervical anterior. A Ásia foi precursora na área, visto que lá, por questões culturais, uma cicatriz no pescoço tem um impacto estético importante."

Foi nesse mesmo continente que surgiram as tireoidectomias com incisões pela axila, em 2001. Essas técnicas foram bem difundidas no Oriente, mas em razão da dificuldade de execução e da persistência de cicatrizes visíveis em outras parte do corpo acabaram ficando restritas a alguns países.

Já em 2017, o cirurgião sul-coreano Hoon Yub Kim popularizou a tireoidectomia transoral robótica, que não deixa cicatriz visível por ser realizada através da mucosa interna do lábio. Vale ressaltar que esta é uma técnica relativamente recente e os estudos têm demostrado segurança cirúrgica similar à da técnica convencional.

“A tireoidectomia transoral possui indicações precisas, e o paciente deve preencher certos critérios para a cirurgia. É fundamental uma conversa com o cirurgião de cabeça e pescoço para que haja uma melhor explicação sobre os riscos, os benefícios e as indicações para cada técnica", conclui o cirurgião.

Estrutura do Hospital São Lucas Copacabana

O Hospital São Lucas Copacabana conta com parque tecnológico recém- reformado e suporte completo para o diagnóstico de qualquer tipo de nódulo. Além disso, dispõe das mais avançadas tecnologias para fusão de imagens e setor dedicado para a realização de biópsias. Somado a isso, o time especializado proporciona segurança e bem-estar durante toda a linha de cuidado, incluindo a equipe de patologia, que realiza análises rápidas e precisas.

No Centro Médico São Lucas, na Gávea, você encontra diversas especialidades e atenção multidisciplinar completa. Para saber mais, entre em contato com a nossa Central de Atendimento pelo número (21) 2545-4000 (opção 2).

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