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Cinco coisas que você nem imagina que podem afetar o coração

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Dr. Alexandre Rouge - Cardiologista - MédicoAtualizado em 12/01/2024
Você sabe o que é “coração atordoado”?

O coração é um dos órgãos mais importantes do corpo e merece cuidados específicos. Porém, alguns hábitos da vida moderna, que aparentemente não interferem na saúde do coração, podem prejudicar seu funcionamento e aumentar as chances de desenvolver doenças cardiovasculares. Confira, a seguir, cinco fatores que você nem imaginava que podem afetar o órgão.

1. Pastilhas efervescentes

Os analgésicos que se dissolvem e borbulham em contato com a água podem até ser efetivos, mas sua composição está repleta de sódio que, quando em excesso, causa danos à saúde e estreita o diâmetro dos vasos sanguíneos. Segundo uma pesquisa da Universidade de Dundee, no Reino Unido, pessoas que tomam esse tipo de remédio com frequência têm 16% mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares.

2. Grande variação de temperatura

Quem vive em lugares com oscilações intensas de temperatura tem mais chances de sofrer um infarto. É o que diz uma pesquisa feita pelo Instituto Universitário de Medicina Social e Prevenção, em Lausanne, na Suíça. Segundo o dr. Alexandre Rouge, coordenador da Cardiologia do Hospital São Lucas Copacabana, isso acontece porque essa mudança no ambiente provoca vasoconstrição, contraindo os vasos sanguíneos e aumentando a pressão arterial.

“Os idosos são ainda mais suscetíveis ao infarto nessas condições, já que o metabolismo precisa trabalhar mais para conseguir igualar a temperatura corporal à temperatura do ambiente”, explica o médico.

3. Misturar remédios

Tomar mais de um remédio no mesmo período pode ser má ideia, porque alguns ativos juntos fazem mal ao organismo. Quando um dos remédios combinados tem como objetivo atuar no coração, seu efeito é reduzido ou anulado e o órgão permanece sem a medicação adequada. Os principais tipos de remédio que causam interação medicamentosa com os fármacos para o coração são os antibióticos, antidepressivos e antifúngicos. Toda medicação de pacientes com problemas cardiovasculares deve ser acompanhada de perto por um cardiologista.

4. Poluição sonora

Uma pesquisa feita pelo Imperial College de Londres revelou algo inusitado: quem está exposto a muito ruído tem mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares. Na ocasião, foram analisadas pessoas que moravam perto de um aeroporto e, em comparação com outros bairros mais afastados, foi observado aumento de 20% no desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

“Quanto mais alto e constante o barulho, mais frequentes são os picos de pressão alta gerados pelo estresse. A longo prazo, o coração vai sofrendo cada vez mais”, afirma o dr. Rouge.

5. Passar por grandes traumas

Pessoas que enfrentaram situações negativas impactantes, como sobreviver a um acidente sério com proporções que afetem a vida por muito tempo, têm mais chances de sofrer um infarto ou falecer por morte súbita. Segundo o dr. Rouge, isso acontece porque o impacto do acontecimento na vida do paciente é tão grande que altera a rotina dele, como deixar de tomar remédios próprios para o coração e voltar a fumar.

Para evitar esse desdobramento, é indicado que pessoas que passem por episódios traumáticos tenham acompanhamento psicológico e, nos casos de pacientes cardíacos, também uma abordagem cardiológica.

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Dr. Alexandre Rouge

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