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Dez preocupações que você deve ter com sua saúde em 2019

Relatório divulgado pela OMS destaca poluição e surto de AIDS
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Dr. Christian Roderjan - Clínico - MédicoAtualizado em 17/01/2024

Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou seu plano estratégico para combater ameaças com maiores chances de influenciar a saúde mundial em 2019. São, ao todo, 10 problemas com grande potencial para prejudicar o bem-estar da população, com destaque para o aumento da obesidade infantil, o desenvolvimento de superbactérias e o excesso de poluição das metrópoles. Confira a seguir a lista completa.

1. Políticas de prevenção

Muitos países, principalmente os de baixa renda, não investem em campanhas de conscientização e prevenção, o que acaba por definir a formação de uma população que não sabe como se proteger de doenças crônicas silenciosas, como pressão alta e diabetes. Dessa forma, quando o diagnóstico é feito, elas já se apresentam com complicações – as chamadas “lesões de órgãos-alvo”, como rins, retina, coração e cérebro.

A falta de consultas preventivas também é outro problema. Com uma política de prevenção mais eficaz, muitas doenças poderiam ser evitadas ou, no pior dos cenários, ser identificadas ainda em estágio inicial, o que aumentaria as chances de sucesso do tratamento.

2. Mudança climática e poluição do ar

Segundo o relatório, 9 em cada 10 pessoas respiram, todos os dias, ar poluído. Como consequência, o número de óbitos por doenças relacionadas com a poluição cresce de forma acelerada, estimado em torno de 7 milhões apenas este ano.

3. Fortalecimento de superbactérias

Outro tópico destacado pela OMS são as superbactérias, que têm a tendência de ficar cada vez mais resistentes. Segundo o dr. Christian Nejm Roderjan, coordenador médico das UTIs clínicas do Hospital São Lucas Copacabana, isso acontece por causa do excesso de utilização de antibióticos (em potência, quantidade e tempo de uso), que vão induzindo resistência e acabam por perder a efetividade contra as bactérias comuns com o passar do tempo.

Nesse caso, os remédios normalmente usados para combater uma doença bacteriana vão se tornando ineficazes, já que as bactérias ficaram mais fortes. A partir daí, torna-se necessário o desenvolvimento de novos antimicrobianos contra essas superbactérias que, além de mais potentes, muitas vezes, apresentam mais efeitos adversos.

4. Pandemia de gripe

De acordo com dados obtidos com base em um monitoramento interno, a OMS prevê que um novo surto do vírus influenza chegue em 2019, afetando diversos países. A doença, que teve três tipos circulando no Brasil durante sua época de maior registro de casos, é altamente contagiosa, o que coloca em risco pacientes nos extremos de idade – crianças ainda não vacinadas e idosos frágeis, além das grávidas e de outros indivíduos com o sistema imune comprometido.

5. Ebola volta a preocupar

Mesmo que o surto de 2014 tenha sido controlado na maioria dos países afetados, em sua maioria africanos, a República Democrática do Congo ainda registra muitos casos da doença e passa, atualmente, por uma epidemia. Em 2019, as ações planejadas são de preparação para eventuais emergências nos países vizinhos.

6. Consequências do movimento de antivacinação

Nos últimos anos, os movimentos de antivacinação cresceram em todo o mundo. Mesmo tendo acesso às vacinas, famílias se recusam a imunizar seus filhos por diversos motivos, sendo um dos principais a ideia de que as vacinas provocam doenças que não se desenvolveriam caso a pessoa não fosse vacinada.

“Não imunizar a população faz com que doenças já controladas ou erradicadas, como o sarampo e a poliomielite, voltem a ser uma ameaça séria. Todas as doses de vacina, sem exceção, devem ser tomadas no intervalo de tempo certo, para que façam o efeito desejado e imunizem a criança ou o adulto da melhor maneira”, afirma o dr. Roderjan.

7. Retorno da dengue

Mesmo que tenha perdido um pouco de força no último ano, a dengue volta a preocupar os especialistas em 2019. Os métodos de prevenção continuam os mesmos: erradicar os focos de nascimento do mosquito (caixas-d’água, potes, bacias e baldes com água parada), usar repelente sempre que sair de casa e, se possível, evitar as áreas endêmicas.

8. Doenças crônicas cada vez mais presentes

Cresce no mundo o número de pessoas com diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, doenças crônicas que poderiam ser evitadas ou, melhor, controladas com a adoção de um estilo de vida mais saudável. Em 2019, as políticas de combate ao sedentarismo e à obesidade, principalmente a infantil, ganharão mais destaque como medidas de prevenção dessas doenças.

“Priorizar bons alimentos, manter uma rotina com exercícios físicos ao menos três vezes na semana e afastar-se do cigarro já são medidas que ajudam a reverter esse quadro e cuidar da saúde”, afirma o especialista.

9. HIV novamente no radar

Segundo o dr. Roderjan, um dos grandes enganos da população mundial é acreditar que a AIDS não é mais uma ameaça. Esse pensamento, principalmente entre os jovens, faz com que os cuidados com a prevenção da doença não sejam mais uma preocupação. Segundo a OMS, são 37 milhões de portadores do vírus HIV no mundo e, caso essa situação permaneça, o número tende a crescer.

10. Falta de hospitais e postos de saúde

Deveria ser uma realidade para todos, mas não é. Nem todas as pessoas têm acesso à saúde em sua forma mais básica: por meio de consultas com profissionais de saúde em hospitais ou postos de saúde. Dessa forma, doenças facilmente tratáveis acabam se complicando e até mesmo levando ao óbito.

Segundo a OMS, 1,6 bilhão de pessoas estão nessa situação: habitam locais com infraestrutura ausente. Este ano, os esforços serão voltados para aumentar o acesso à informação e a tratamentos adequados.

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Dr. Christian Roderjan

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