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Ferritina alta: o que é, causas, sintomas e tratamento

A ferritina alta pode ser um sinal de diversas alterações. Conheça os sintomas e saiba o que pode significar.
HSC
Dr. Henrique Sergio Coelho - Hepatologista - MédicoAtualizado em 11/01/2024
Ferritina alta: o que é, causas, sintomas e tratamento

Todo mundo sabe que, para ter saúde e bem-estar, é preciso praticar atividades físicas e seguir uma alimentação saudável. Entretanto, ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, o “quanto mais, melhor" nem sempre se aplica aos nutrientes.

A ferritina alta, por exemplo, pode ser um sinal de diversas alterações, inclusive Covid-19. Se você não sabe o que é ferritina, não se preocupe, pois no blog de hoje, o Dr. Henrique Sergio Coelho, hepatologista do Hospital São Lucas Copacabana, tira as principais dúvidas sobre o assunto.

O que é ferritina?

A ferritina é uma proteína produzida pelo fígado e está presente em todas as células do corpo. Sua função é transportar e armazenar moléculas de ferro para amparar a produção de glóbulos vermelhos (hemácias), que fazem a troca de oxigênio e gás carbônico em nosso organismo.

Ferritina alta: o que pode ser?

Níveis elevados de ferritina podem ser indício de excesso de ferro ou hemocromatose, que é uma condição em que o corpo absorve quantidades exageradas do nutriente ingerido através dos alimentos. Essa quantidade excedente de ferro é armazenada nas células e tecidos do corpo, particularmente no fígado, coração e pâncreas.

A ferritina alta também está ligada, em alguns casos, a inflamações ou doenças hepáticas. O médico explica que ferritina alta não é necessariamente sinônimo de aumento da concentração de ferro e que isso pode ocorrer nos seguintes quadros:

  • Alcoolismo;
  • Alterações renais;
  • Anemia;
  • Câncer;
  • Esteatose;
  • Gripe;
  • Hepatite;
  • Infarto;
  • Obesidade;

Problemas metabólicos.

“Quando há inflamação, o corpo pode liberar ferritina na corrente sanguínea mesmo que não haja um excesso de ferro", explica.

Ferritina alta e Covid-19: qual é a relação?

Como a ferritina alta é um marcador inflamatório, não é raro que pacientes com quadros graves de Covid apresentem essa alteração. “A ferritina é uma proteína que está relacionada a inflamações, então se você tiver uma infecção viral, como hepatite ou o próprio coronavírus, aumentará a produção da substância. Entretanto, os níveis voltam ao normal depois que o caso é tratado", acrescenta o profissional.

Quais são os sintomas de ferritina alta?

Ainda de acordo com o Dr. Henrique Sergio, na maioria dos casos o paciente não sabe que está com ferritina alta. Alguns podem apresentar os seguintes sintomas:

  • Cansaço;
  • Desconforto abdominal;
  • Dor nas articulações;
  • Falta de ar;
  • Impotência sexual;
  • Mudanças no ciclo menstrual;
  • Perda de peso não intencional;
  • Queda de cabelo.

Como é feito o diagnóstico?

O exame de ferritina é feito a partir da coleta sanguínea em laboratório especializado. O valor de referência para pessoas saudáveis varia entre 23 e 336 ng/ml (nanograma por mililitro) para os homens e de 11 a 306 ng/ml no caso das mulheres. “Cabe ressaltar que durante a gravidez, é normal ter ferritina baixa em virtude do compartilhamento entre o corpo da mãe e a placenta que nutre o bebê", completa o Dr. Henrique.

Quais complicações a ferritina alta pode causar?

A ferritina alta não causa complicações já que, na verdade, não é uma causa, mas sim um sintoma indicativo de que algo não vai bem.

Qual é o tratamento para ferritina alta?

Uma vez que a ferritina alta é um tipo de resposta do corpo à presença de inflamações, para normalizá-la é necessário tratar a causa do problema. O hepatologista explica que apenas em casos de alterações genéticas, como a hemocromatose, a abordagem se dá em torno da redução da proteína. De modo geral, ele recomenda que o exame de ferritina seja incluído nas avaliações de rotina, pois a maioria das pessoas que estão com ferritina alta não sabe do problema.

Centro de Doenças do Fígado e Pâncreas do Centro Médico São Lucas

Especializado em procedimentos hepatobiliares de alta complexidade, como os transplantes hepático e pancreático – incluindo o transplante duplo de pâncreas e rim –, o Hospital São Lucas Copacabana expandiu sua área de atuação e criou o Centro de Doenças do Fígado e Pâncreas.

Como o primeiro centro dedicado às doenças hepatobiliares da região, a unidade, localizada no Centro Médico do Shopping da Gávea (quinto andar), zona sul do Rio de Janeiro, conta com atendimento ambulatorial dedicado às consultas de avaliação, diagnóstico e acompanhamento do paciente. Para marcar uma consulta ou saber mais sobre a Oncologia do Centro Médico do Hospital São Lucas, no Shopping da Gávea, consulte nossos canais de atendimento.

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Dr. Henrique Sergio Coelho

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