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Neurologia

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O que é parestesia? Saiba o que pode causar essa condição e como buscar o diagnóstico correto

Sensação de formigamento pode ser fruto de má postura ou quadros neurológicos
ACA
Dra. Ana Carolina Andorinho - Neurologista - MédicaAtualizado em 12/01/2024
O que é parestesia? Saiba o que pode causar essa condição e como buscar o diagnóstico correto

​Dormir em cima do braço, cruzar as pernas por muito tempo, remover um dente siso… Consegue notar algo em comum entre essas situações? Se sua resposta foi dormência ou formigamento, acertou. A chamada parestesia é aquela sensação que pode surgir em razão da interferência na transmissão dos estímulos sensitivos.

Para entender melhor essa situação e outras que demandem maior atenção médica, chamamos a Dra. Ana Carolina Andorinho, neurologista do Hospital São Lucas Copacabana, para o blog de hoje.

O que é parestesia?

Trata-se do termo médico que se refere à distorção da percepção de nossa sensibilidade, na maior parte das vezes, reduzida e combinada com a sensação de formigamento ou dormência em qualquer parte do corpo. A maioria dos casos é temporária, desaparece espontaneamente e não precisa de intervenção médica.

Entretanto, quadros persistentes ou agudos de piora progressiva ou de envolvimento simultâneo de um lado inteiro do corpo com alteração de funções, além da sensibilidade, são circunstâncias que necessitam de avaliação e acompanhamento profissional. A parestesia pode se manifestar nas seguintes regiões:

  • Boca;
  • Braços;
  • Mãos;
  • Orelhas;
  • Pernas;
  • Pés.

O que pode causar parestesia?

Normalmente, a parestesia é causada por um dano temporário nos nervos que pode ocorrer quando este é pressionado por longos períodos, como quando dormimos em cima das mãos ou permanecemos muito tempo de pernas cruzadas. Em geral, é sentida a impressão de anestesia local, porém devemos nos atentar para outros sinais que podem se associar e sugerir diferentes diagnósticos.

As causas mais frequentes de parestesia são:

  • Condições agudas e autolimitadas, como pequenos traumas locais, como tocar um instrumento de cordas por várias horas com a postura em flexão de antebraço; amparar sacolas pesadas no punho; ser suscetível a vasoespasmos nas mãos pelo frio (fenômeno de Raynaud) etc.;
  • Condições agudas que demandam maior atenção médica, por exemplo, formigamento associado à fraqueza nos pés que tende a subir progressivamente pelo corpo e pode se associar à dor lombar/dorsal (síndrome de Guillain Barré); paresteia de instalação súbita que afeta um lado do corpo e se apresenta com outras alterações (como acidente vascular cerebral [AVC]);
  • Condições crônicas, de piora progressiva, cuja intervenção raramente precisará de urgência: neuropatia diabética, que tende a envolver as extremidades das pernas e pode se associar à dor e à sensação de queimação; hérnia de disco, cuja alteração de sensibilidade pode envolver toda a região inervada por aquela raiz que está sendo comprimida (nesses casos de compressão de raiz, a dor também é um marcador importante).

“Nos casos de alterações do processamento central, como no AVC, um membro e, muitas vezes, um lado inteiro do corpo pode ser comprometido pela parestesia. Nesses casos, o sintoma surge subitamente em toda a extensão afetada e pode estar relacionado com prejuízos de força e coordenação. Além do AVC, podemos ter como causas lesões desmielinizantes (inflamatórias), infecciosas e tumorais que atingem o encéfalo e a medula. Conforme a causa e a área lesada, a parestesia pode apresentar melhora gradual, mas intervenções costumam ser necessárias e, quanto mais precoce, menor o risco de sequelas_”, detalha a especialista.

Tratamento para parestesia

O tratamento para parestesia depende de sua causa. Segundo a Dra. Ana Carolina, entender a origem do sintoma, bem como notar a associação de outros sinais, auxilia o próprio paciente a perceber se está diante de um quadro mais benigno e autolimitado ou se é necessário buscar o atendimento médico de imediato.

“Caso a dormência não tenha relação com situações como permanecer por muito tempo na mesma posição, por exemplo, é necessária a avaliação médica para que sejam definidas condutas específicas que abrangem medicamentos ou intervenções cirúrgicas e orientação para medidas comportamentais, como fisioterapia”, complementa.

Que médico procurar?

A neurologia é a especialidade médica dedicada ao estudo e tratamento de condições que alteram o funcionamento das estruturas que compõem todo o sistema nervoso, como o cérebro, a medula, os nervos e os músculos.

Atendimento neurológico no Hospital São Lucas Copacabana e no Centro Médico São Lucas

​​Nossa equipe multidisciplinar experiente, que atende no Centro Médico da Gávea, é focada no acolhimento humanizado, diagnóstico e acompanhamento de pacientes com os principais quadros neurológicos.

Também contamos com tecnologia diferenciada para a realização de exames e procedimentos ágeis e seguros que, muitas vezes, são essenciais para aumentar as chances de recuperação do paciente.

Já no Hospital São Lucas Copacabana, o neurologista atua em casos urgentes de doença cerebrovascular, como na fase aguda de acidente vascular cerebral (AVC), em procedimentos como trombólise endovenosa e na orientação para abordagem por trombectomia para a remoção mecânica de coágulo oclusivo de artérias intracranianas. Nesse último caso, a equipe radiointervencionista é convocada para uma ação intravascular.

Além das afecções cerebrovasculares, outras condições são recorrentes na atenção neurológica, como manifestações inflamatório-infecciosas do sistema nervoso, cefaleias refratárias e quadros epiléticos. Dedicação importante também recebem as intercorrências neurológicas geradas por complicações de doenças​ sistêmicas. Atualmente, somos o único hospital a utilizar o aparelho Axion Arts Siemens no tratamento de pacientes neurológicos, capaz de visualizar imagens 3D em tempo real.

Para marcar uma consulta ou saber mais sobre a neurologia do Centro Médico do Hospital São Lucas, no Shopping da Gávea, entre em contato com a nossa Central de Atendimento pelo número (21) 2545-4000.

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Dra. Ana Carolina Andorinho

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