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Prostatectomia radical: o que é, quando é indicada, tipos e pós-cirúrgico

A prostatectomia radical é o principal tratamento para o câncer de próstata localizado, ou seja, que não tenha se espalhado para outras regiões.
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Dr. Antônio Claudio Ahouagi - urologista - médicoAtualizado em 12/01/2024
Prostatectomia radical: o que é, quando é indicada, tipos e pós-cirúrgico

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta o câncer de próstata como o principal tipo de neoplasia entre os homens. Essa doença evolui lentamente, não apresenta sintomas quando ainda está no início e, infelizmente, por causa da resistência da população masculina com relação às consultas de rotina, muitos casos são descobertos já em estágios mais avançados. A boa notícia é que é possível vencer o câncer de próstata por meio de cirurgias urológicas como a prostatectomia, por exemplo. O Dr. Antônio Claudio Ahouagi, urologista do Hospital São Lucas Copacabana, explica o que é esse procedimento.

O que é prostatectomia radical?

A prostatectomia radical é o principal tratamento para o câncer de próstata localizado, ou seja, que não tenha se espalhado para outras regiões. Isso porque esse procedimento é capaz de promover a cura definitiva da condição pela remoção do tumor por completo. Essa intervenção pode ser indicada para homens com menos de 75 anos e em bom estado de saúde.

Quando é necessário fazer a prostatectomia radical?

O médico afirma que o método é fundamental quando o paciente apresenta um câncer de próstata que vai evoluir clinicamente para estágios avançados, de forma a comprometer a qualidade de vida.

“O mais importante é a tomada de decisão em uma conversa clara com seu cirurgião, que vai expor os riscos e benefícios da cirurgia. Todo paciente diagnosticado com câncer de próstata por meio de biópsia e que tenha, pelo menos, 10 anos de sobrevida e, claro, condições clínicas que não influenciarão negativamente o desfecho cirúrgico têm indicação para submissão à prostatectomia radical. A meta da cirurgia é o controle oncológico, seguido da preservação do controle miccional (urina) e da manutenção da função erétil", explica o médico.

Quais os tipos de prostatectomia?

No Brasil, o método mais utilizado consiste em uma incisão de cerca de 10 centímetros no abdome, por onde o cirurgião acessa a próstata e as vesículas seminais. Apesar disso, a prostatectomia radical realizada pela cirurgia robótica tem crescido cada vez mais por ser menos invasiva, ter sangramento menos intenso e proporcionar mais precisão ao médico.

Conheça os principais tipos de prostatectomia.

Prostatectomia radical

A prostatectomia radical aberta foi a primeira a ser estabelecida para tratamento do câncer de próstata. Hoje é uma técnica menos empregada, por causa do tempo maior de hospitalização do paciente. Quando a escolha é a laparoscopia, o cirurgião faz várias pequenas incisões por onde são inseridos instrumentos e um pequena câmera de vídeo que permite a visualização interna do abdome.

Prostatectomia simples

Essa cirurgia é indicada para aumento benigno da próstata, mas não para o câncer, pois, com essa abordagem, apenas o núcleo da próstata é removido. Dessa forma, é necessário que o paciente mantenha as consultas regulares no pós-operatório para acompanhar tanto os sintomas quanto os níveis de Antígeno Prostático Específico (PSA), substância presente na corrente sanguínea de todos os homens, desde que em níveis baixos.

Prostatectomia radical robótica

Para a prostatectomia robótica, a equipe cirúrgica conta com um console que controla os braços robóticos, que são inseridos por meio de pequenas incisões abdominais. Os diferenciais dessa técnica são a precisão oferecida ao médico e a redução do tempo de recuperação do paciente.

“A visão é tridimensional, o que confere ao cirurgião um controle maior de eventuais sangramentos", relata o Dr. Antônio.

Cuidados pós-prostatectomia radical

Além de manter repouso, o principal cuidado após a prostatectomia radical está relacionado com a sonda que conduzirá a urina para uma bolsa (que deve ser manuseada com cautela, pois pode comprometer a cicatrização das suturas) enquanto as vias urinárias se restabelecem.

“Importante também é atentar para o risco de trombose venosa e tromboembolismo nos pacientes de mais alto risco. Por isso, cabe salientar a importância da caminhada e do uso de meias de compressão pneumática após o procedimento. Em alguns casos, adotar antitrombóticos também pode ser necessário. Durante o seguimento, os níveis de PSA deverão ser acompanhados e seu valor deve ficar zerado nesse período", esclarece o especialista.

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Dr. Antônio Claudio Ahouagi

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