A tireoide é a estrutura responsável por produzir e liberar os hormônios que controlam o nosso metabolismo, protegem as gestantes contra o aborto e diminuem as chances de arritmias cardíacas. Neste texto, vamos explicar como é o seu funcionamento e quais são os sintomas que ligam o alerta para um possível descontrole da glândula.
O que é tireoide?
É uma glândula em formato de borboleta, localizada no pescoço, na área próxima ao que popularmente chamamos “gogó" ou “pomo de adão". Ela produz três hormônios básicos: tiroxina (T4), tri-iodotironina (T3) e calcitonina (CT), que são substâncias necessárias para o desenvolvimento humano e responsáveis pelo desempenho do metabolismo, crescimento e amadurecimento de células e tecidos. Por isso a tireoide influencia todo o corpo, e variações no seu funcionamento podem prejudicar o seu equilíbrio.
Sintomas de tireoide alterada
Mudanças na saúde podem apontar desequilíbrio na tireoide, como o hipotireoidismo, que é a queda na produção dos hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), ou o hipertireoidismo, quando ocorre a produção excessiva desses hormônios.
Hipotireoidismo
- Intestino preso
- Diminuição da memória
- Depressão
- Cansaço abundante
- Desaceleração dos batimentos cardíacos
- Menstruação irregular
- Dores musculares
- Sonolência excessiva
- Pele seca
- Queda de cabelo
- Ganho de peso
- Aumento do colesterol no sangue
Hipertireoidismo
- Aumento do apetite
- Aceleração e irregularidade dos batimentos cardíacos
- Irritação e ansiedade
- Tremor e sudorese nas mãos
- Intolerância a altas temperaturas
- Queda capilar
- Crescimento acelerado e descamação das unhas
- Fraqueza nos músculos
- Intestino solto
- Perda de peso
- Alterações no período menstrual
- Perda de cálcio nos ossos
Quais os tipos de problema na tireoide?
Além dos quadros de hipo e hipertireoidismo, as modificações na glândula podem acarretar outros distúrbios, listados a seguir.
- Tireoidite – inflamação que pode acontecer por causa de infecções virais, autoimunidade ou intoxicação pelo uso de medicamentos. Inclusive, ultimamente, médicos têm observado tireoidites desencadeadas depois da infecção por Covid-19.
- Bócio – aumento do tamanho da tireoide.
- Nódulos – na maioria dos casos são benignos e apresentam-se em forma de caroço. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBE), estima-se que 60% da população brasileira apresenta nódulos na tireoide em algum momento da vida, mas apenas 5% deles são malignos.
- Câncer de tireoide – quando a multiplicação tumoral se desenvolve na glândula.
Como o hipotireoidismo e o hipertireoidismo são causados?
Com o consumo suficiente de iodo (como no Brasil, desde a década de 50 do século passado, quando o governo enriqueceu o sal de cozinha com iodo), o hipotireoidismo é originado, principalmente, pela tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que promove a redução gradativa da glândula.
Já o hipertireoidismo é causado pela doença de Graves, também uma enfermidade autoimune, que, em vez de destruir a tireoide, produz anticorpos que estimulam a produção e a liberação em excesso de hormônios.
Alterações na tireoide têm cura?
Grande parte das patologias tireoidianas pode ser resolvida com o uso de medicação, embora, em alguns casos, haja a necessidade de cirurgia e de terapêutica com iodo radioativo. O paciente deverá ser avaliado por um médico para que seja recomendado o tratamento adequado.
Segundo o Dr. Lucio Vieira, endocrinologista do Centro Médico do Hospital São Lucas Copacabana, o tipo de tratamento dependerá do estado de saúde geral do paciente. A cirurgia é definitiva, a radioiodoterapia deve ser evitada quando há descompensação de oftalmopatia (olhos esbugalhados) e as drogas antitireoidianas devem ser priorizadas quando o paciente não deseja nenhum dos dois procedimentos anteriores. Convém destacar que, depois da radioiodoterapia, a mulher precisa ficar alguns meses sem engravidar e os medicamentos devem ser trocados de acordo com o trimestre da gestação.
Hospital São Lucas Copacabana
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