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Transplante de pulmão existe: saiba como funciona o procedimento no Brasil

​​Você sabia que existe transplante de pulmão? Esse procedimento é incomum e apenas alguns estados possuem centros ativos para sua realização.
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Dr. Alexandre Pinto Cardoso - Pneumologista - médicoAtualizado em 11/01/2024
Transplante de pulmão existe: saiba como funciona o procedimento no Brasil

​​Você sabia que existe transplante de pulmão? Esse procedimento é incomum e, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), apenas cinco estados possuem centros ativos para sua realização: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Fortaleza e Paraná.

No caso do Rio de Janeiro, foram 15 anos de intervalo entre o penúltimo transplante e o último, realizado este ano. Com as sequelas deixadas pela Covid-19, a tendência é que a demanda pelo procedimento cresça.

Quando o transplante de pulmão é indicado?

O transplante de pulmão é uma intervenção cirúrgica que substitui um pulmão doente por outro saudável. Só há indicação para essa operação quando o órgão está em falência e não consegue fornecer a quantidade de oxigênio necessária para o pleno funcionamento do organismo. Antes de indicar o transplante, o médico recorre a tratamentos menos invasivos.

O Dr. Alexandre Pinto Cardoso, pneumologista do Centro Médico São Lucas, na Gávea, menciona quais as principais doenças que requerem um transplante de pulmão: “Os quadros mais frequentemente candidatos ao transplante são aqueles causados por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), fibrose pulmonar e hipertensão arterial pulmonar, que costuma acometer mais mulheres do que homens. Além dessas enfermidades, fibrose cística (apresenta-se em crianças com herança genética) e outras doenças avançadas requerem a realização do procedimento para que essas pessoas sobrevivam."

Como funciona o transplante pulmonar?

Para se preparar para um transplante pulmonar é necessário passar por uma série de exames que vão analisar a saúde do paciente e verificar se existem condições impeditivas, como a presença de infecções, histórico de câncer ou doença renal aguda.

A partir daí o paciente entra na fila à espera de um doador que seja compatível com o tipo sanguíneo e as dimensões do pulmão. Isso significa que nem sempre o primeiro da lista é o primeiro a realizar o transplante, pois respeitar os critérios de compatibilidade reduz os riscos de rejeição do órgão e demais complicações. Uma vez convocado para o transplante, o paciente passa por mais uma bateria de exames e só então segue para a sala de cirurgia.

O que é necessário para ser um doador de pulmão no Brasil?

Alguns órgãos e tecidos podem ser doados em vida, como é o caso da medula óssea, por exemplo. No entanto, o transplante de pulmão só pode ser realizado com o órgão proveniente de um doador falecido (aquele cuja morte cerebral foi atestada). As exigências para doar um pulmão são:

  • ter menos de 55 anos;
  • nunca ter fumado;
  • não apresentar doença pulmonar;
  • ter o pulmão do mesmo tamanho que o receptor;
  • pertencer ao grupo sanguíneo compatível com o do receptor.

“A doação de pulmão é muito difícil, visto que as vias aéreas têm contato com o mundo exterior e podem adquirir contaminações. O doador não precisa ter vínculo familiar com o receptor, mas o órgão precisa estar sadio, sem ter contraído nenhuma sepse", afirma o Dr. Alexandre.

Como é a recuperação do transplantado?

O tempo de recuperação de um transplante de pulmão dura cerca de três semanas – tempo que pode variar de uma pessoa para outra – e inclui internação em Unidade de Terapia Intensiva para que, com a ajuda da ventilação mecânica, o órgão transplantado se adapte e consiga produzir oxigênio normalmente.

No hospital, a equipe ministra medicamentos que diminuem as chances de rejeição, previnem infecções e reduzem as dores. Mesmo depois da alta, durante toda a vida, o paciente precisará manter a ingestão dos imunossupressores.

“Depois de um transplante, os imunossupressores devem ser tomados a vida toda, pois o paciente está vivendo com um órgão que não era dele, e mesmo com o sistema ABO compatível, o organismo pode rejeitar novos órgãos", ressalta o Dr. Alexandre Pinto Cardoso.

No setor dedicado ao tratamento de doenças pulmonares do Centro Médico São Lucas, na Gávea, nossos pacientes são acolhidos por uma equipe especializada em tratamento para enfisema, fibrose e todos os tipos de asma e bronquite, bem como indicação de transplante pulmonar. Para mais informações e agendamentos, entre em contato com nossa Central de Atendimento: (21) 2545-4000 (opção 2).

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Dr. Alexandre Pinto Cardoso

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