A mama é uma região bastante sensível, o que torna a mastalgia, popularmente conhecida como dor na mama, algo comum. Ela atinge cerca de 70% das mulheres e nem sempre é sinal de algo sério. A sensibilidade no bico do peito pode ser causada, por exemplo, pelo atrito com a roupa ou alterações hormonais típicas do ciclo menstrual e menopausa. No entanto, há casos em que a mastalgia persiste e é preciso consultar um médico para que ele investigue as causas desta dor.
Dor nos seios: entenda quando procurar um médico
Visitar um ginecologista regularmente viabiliza o diagnóstico precoce de diversas alterações, inclusive as que geram desconforto nos seios e perduram por mais de 15 dias. Conheça algumas destas condições:
- Mastite: inflamação que ocorre em mulheres que amamentam. Geralmente se manifesta nas doze primeiras semanas após o parto, pode causar inchaço, coceira, calafrio e necessidade de interromper a amamentação. Também atinge homens;
- Doença de Paget: uma espécie de câncer de mama que acomete especificamente a região do mamilo;
- Cistos: tem origem no acúmulo de líquido causado pela obstrução do ducto lactífero. Incide, principalmente, sobre mulheres jovens;
- Abcessos: concentração de pus decorrente de infecções.
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Quais os tipos mais comuns de mastalgia?
A mastalgia é classificada em três níveis: cíclica, acíclica ou não-mamária. Entenda a diferença entre elas:
- Cíclica: tipo mais comum. Atinge mulheres entre 30 e 40 anos, cerca de duas semanas antes da menstruação;
- Acíclica: relacionada à menopausa, acomete pacientes na faixa dos 50 anos;
- Não-mamária: ainda que as mamas estejam doendo, a origem do problema está em outra região, sendo necessário averiguar qual a verdadeira causa do desconforto.
Formigamento ou agulhadas na mama: o que pode ser?
Devido ao grande número de terminações nervosas, os seios são uma região com bastante sensibilidade. Estes nervos enviam sinais ao cérebro como resposta a estímulos de toque, calor ou dor. O formigamento ocorre quando há alteração nestas terminações. Costuma acontecer quando há algum distúrbio nervoso ou após alguma cirurgia de mama, pois, durante o procedimento, pode haver rompimento de nervos.
Apesar da sensação de “agulhadas" também estar relacionada ao câncer de mama, a Dra. Tarnara Valeriano Campostrini, oncologista do Hospital São Lucas Copacabana, afirma:
“Não necessariamente a dor no bico do peito está relacionada à presença de câncer de mama. É sempre interessante avaliar se há algum outro sinal ou sintoma junto com a dor. Algumas alterações, como a presença de feridas/lesões no bico do peito ou a saída de secreção pelo mamilo (como secreção cristalina – também conhecida por água de rocha –, fluido sanguinolento ou acastanhado) podem estar associadas ao câncer de mama."
Mulheres com histórico familiar (mãe ou avós) de câncer têm mais probabilidade de desenvolver este tipo de neoplasia. Outro fator de risco é a idade superior a 45 anos, por isso toda mulher, a partir dos 40 anos, deve realizar a mamografia periódica. De todo modo, se houver alguma suspeita – em qualquer idade – o melhor a ser feito é relatar os sintomas a um ginecologista. Caso o diagnóstico confirme a presença de um tumor maligno, o mastologista irá avaliar qual o tratamento mais indicado de acordo com o tipo e estágio da doença.
- Tratamentos locais: a cirurgia e a radioterapia atingem diretamente o tumor, sem afetar outras partes do corpo;
- Tratamentos sistêmicos: uso de medicamentos por via oral ou por infusão. Quimioterapia, hormonioterapia, terapia alvo e imunoterapia atacam as células cancerígenas em qualquer parte do corpo.
A oncologista ainda lembra que o câncer de mama não é uma doença exclusiva de mulheres. Embora raro, pode se desenvolver em homens, que também são público-alvo da campanha Outubro Rosa.
Dor nos seios pode indicar uma possível gravidez?
Sim. A gravidez é um período de intensa produção de hormônios, inclusive daqueles que “avisam" às células da mama que elas devem se preparar para a lactação. Formigamento e desconfortos similares são comuns, pois o seio está crescendo e se adaptando para amamentar.
Bico do peito dolorido é normal?
Segundo a Dra.Tarnara, esse desconforto é um alerta. A dor constante no bico do peito não é normal e deve ser investigada. Porém, na maior parte das vezes, está relacionada ao período menstrual ou ao estímulo local, por exemplo, não tendo relação com malignidade.
O Hospital São Lucas Copacabana conta com o Centro Médico da Gávea, com atendimentos tanto de ginecologia quanto mastologia e está preparado para oferecer ao público feminino uma linha de cuidado completa, da avaliação clínica ao tratamento.
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