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Transplante de fígado: entenda como é feito, quais os critérios usados e quando é necessário

Em alguns casos, o procedimento pode ser feito ainda em vida
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Dr. Eduardo Fernandes - Hepatologista - MédicoAtualizado em 12/01/2024
Transplante de fígado: entenda como é feito, quais os critérios usados e quando é necessário

Para quem apresenta quadro de falência hepática, o transplante de fígado proporciona esperança, qualidade de vida e garante o pleno retorno à rotina de antes. O Dr. Eduardo Fernandes, coordenador do Programa de Transplantes do Hospital São Lucas Copacabana, explica como o procedimento é feito e quais são os critérios para a doação de fígado.

O que é o transplante de fígado?

O transplante de fígado é uma intervenção cirúrgica cujo objetivo é substituir o órgão que apresenta comprometimento por um sadio.

Para quem é feito o transplante de fígado?

O transplante hepático é indicado para quadros em que o fígado não consegue mais cumprir suas funções (eliminação de toxinas e produção da bile, por exemplo) e oferece risco de colapso também para órgãos como os rins.

Os principais sintomas de falência hepática são:

  • Icterícia: olhos amarelos;
  • Colúria: urina escura;
  • Ascite: aumento de volume abdominal causado pelo acúmulo de líquido;
  • Encefalopatia hepática: sonolência e tremores.

Não hesite em buscar atendimento médico.

Quais os critérios para transplante

O Dr. Eduardo explica que o transplante de fígado é necessário quando há - perda da função hepática associada à hemorragia digestiva, ascite, encefalopatia ou quando as proteínas do sangue estão muito baixas.

Como é feito o transplante de fígado?

O transplante de fígado é um procedimento longo, podendo durar entre cinco e oito horas. Durante a cirurgia, o médico faz uma incisão no abdômen, por onde – primeiramente – retira o órgão doente e posteriormente insere o fígado doado. Além disso, também é necessário reconstruir as veias, artérias e via biliar. Ao fim da cirurgia, o paciente permanece no centro de tratamento intensivo (CTI) a fim de observar possíveis complicações pós-cirúrgicas e, não havendo nenhuma alteração, ele é transferido para o quarto, onde fica internado por cerca de duas semanas.

Doação de fígado

O fígado é o único órgão humano que se regenera, o que torna possível o transplante intervivos, quando o doador cede uma parte de seu fígado. Para estar apto a doar, o voluntário passa por exames pré-operatórios que analisam sua saúde e a compatibilidade com o paciente que receberá o transplante.

O médico ressalta que ambos devem permanecer em recuperação para proteger o fígado durante sua regeneração, e pontua que a sobrevida do procedimento intervivos é semelhante ou até superior ao transplante com doador falecido. Geralmente, a doação em vida é feita entre parentes próximos.

Outra possibilidade é via doador falecido, quando a família disponibiliza os órgãos do paciente diagnosticado com morte cerebral. Nesse caso, o receptor é definido pela lista de transplante de fígado do programa estadual de transplantes, que atende todo o estado e possui fila única.

Como ser um doador?

Para ser um doador de órgãos, converse com sua família e manifeste seu desejo. Em vida, além do fígado, a doação de medula óssea também é possível. Nesse caso, procure o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

O Hospital São Lucas Copacabana é um dos poucos da América Latina que fazem transplantes abdominais. Estamos habilitados, pelo Ministério da Saúde, a realizar transplantes de fígado, rim, pâncreas, intestino e multivisceral (procedimento simultâneo de mais de um órgão abdominal).

“Contamos também com um centro de formação, residência médica, máquina de perfusão e transplante intervivos para câncer de metástase e colorretal. O São Lucas Copacabana é o serviço privado que mais realiza transplantes, recebendo pacientes de todas as regiões do país", conclui o médico. ​

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Dr. Eduardo Fernandes

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